A Filosofia Moderna corresponde ao pensamento desenvolvido da metade do
século XV ao final do século XVIII. O que chamamos de mentalidade moderna advém
das transformações culturais, sociais, religiosas e econômicas que ocorreram na
Europa deste período.
A
filosofia moderna é caracterizada pela preponderância da epistemologia sobre
a metafísica. A justificativa dos filósofos modernos para essa alteração
estava, em parte, na ideia de que, antes de querer conhecer tudo o que existe,
seria conveniente conhecer o que se pode conhecer.
Geralmente
considerado como o fundador da filosofia moderna, o cientista,
matemático e filósofo francês René Descartes redirecionou o foco da
discussão filosófica para o sujeito pensante. O projeto de Descartes era o de
assentar o edifício do conhecimento sobre bases seguras e confiáveis. Para
tanto, acreditava ele ser necessário um procedimento prévio de avaliação
crítica e severa de todas as fontes do conhecimento disponível, num
procedimento que ficou conhecido como dúvida metódica. Segundo Descartes,
ao adotar essa orientação, constatamos que resta como certeza inabalável a
ideia de um eu pensante: mesmo que o sujeito ponha tudo em dúvida, se ele
duvida, é porque pensa; e, se pensa, é porque existe. Essa linha de raciocínio
foi celebrizada pela fórmula “penso, logo existo”.
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