Racionalismo
René Descarte afirmava que, para conhecermos a verdade, é
preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida,
questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade
de que possamos ter plena certeza. Fazendo uma aplicação metódica da duvida, o
filosofo foi considerando como incertas todas as percepções sensoriais, todas
as noções adquiridas sobre os objetos materiais. E prosseguiu assim, cada vez
mais colocando em dúvida a existência de tudo aquilo que constitui a realidade
e o próprio conteúdo dos pensamentos. Finalmente, estabeleceu que a única
verdade totalmente livre de dúvidas era a seguinte: meus pensamentos existem e
a existência desses pensamentos se confunde com a essência da minha própria
existência como ser pensante. Disso decorre a célebre conclusão de
Descartes.
Empirismo
É um movimento que acredita nas experiências como
únicas ou principais formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de
ideias inatas.O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento
científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias por
onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela
relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo
à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação
da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não vê
diferença entre o espírito e extensão, como propõe o Racionalismo e
ainda pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.Naciência,
o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método
científico tradicional que é originário do empirismo filosófico, o qual defende
que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da
intuição ou da fé, como lhe foi passado.O termo tem uma etimologia dupla.
Criticismo
Tem origem no alemão Kritizismus,
representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo.
Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da
origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se
no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como
objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. Estabelecida pelo
filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao
racionalismo. As teorias do conhecimento que se desenvolveram na Antiguidade e
na Idade Média não colocavam em dúvida a possibilidade de conhecer a realidade
tal qual ela é. Contudo as influências do Renascimento levaram, a partir do
século XVII, ao questionamento da possibilidade do conhecimento, dando, nas
respostas ensaiadas, origem às teorias empiristas e racionalistas. Kant supera
essa dicotomia, concluindo que o conhecimento só é possível pela conjunção das
suas fontes: a sensibilidade e o entendimento. A sensibilidade dá a matéria e o
entendimento as formas do conhecimento. O criticismo kantiano tinha como
objectivo principal a critica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de
conhecermos os seus limites. Em consequência dessa «critica», foi levado à
negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas.
Assim, em sentido geral, merece a denominação de criticismo a postura que
preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como condição para
toda e qualquer reflexão filosófica.